Título: O Deus da Graça e do Juízo
Texto-chave
“Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mau”. Ec 12:14, NVI.
Objetivos
1. Saber que o mesmo Deus que julga é o Deus que oferece Graça e Salvação, estando disposto, antes, a oferecer esta última!
2. Sentir que em Adão estamos todos condenados, porém no segundo Adão, Jesus Cristo todos temos acesso a Graça e Salvação. Esta promessa está disponível mesmo antes de Cristo morrer, ou seja, desde que existiu pecado.
3. Fazer um propósito de, pela graça, sermos mais submissos e obedientes a Deus para não temermos o dia do juízo!
Verdade Central
A nossa salvação vem unicamente pela fé na graça de Deus em Cristo Jesus. Não seremos condenados por nossos pecados no dia do juízo a menos que, em tempo oportuno, não os confessemos e não apelemos à graça divina!
Domingo: O dia do juízo
A justiça e a graça (juízo e salvação) de Deus são complementares e perfeitamente equilibradas como a dureza do aço e a maciez do veludo.
As doutrinas do juízo e da salvação são incompatíveis?
Não: pois o assunto do juízo aparece mais frequentemente no NT do que no AT evidenciando desta forma que o conceito do juízo não é contrário à nova aliança da graça de Deus por meio de Cristo!
Não: pois colocar uma contra a outra equivale a não entender ou aceitar os ensinos dos evangelhos.
Na prática, os atributos de justiça e graça divina é que vão culminar na condenação dos ímpios e absolvição dos justos.
Segunda-feira: Juízo e graça no Éden
No Éden não havia pecado, portanto, não necessitava dos elementos da graça ou juízo.
A partir de quando e, em que contexto surgiu a graça e o juízo, respectivamente? Que importância ou impacto isso tem em sua vida?
Quando surgiu o pecado, imediatamente surgiu a graça! As primeiras palavras de Deus, depois da queda, foram “onde estás?”. Estas palavras foram um convite do Criador para que nossos primeiros pais fossem até Ele, onde havia solução (graça).
Em Gênesis 3:15 temos o evangelho em miniatura. Ali o Senhor pronuncia: 1) Seu juízo contra a serpente; 2) Sua graça e salvação ao casal (raça humana); 3) Finalmente, pronuncia seus juízos ao casal (humanidade). Aqui se percebe o juízo sendo aplicado sobre a base da graça!
Lembremo-nos que “onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus” (Romanos 5:20).
Terça-feira: O Dilúvio
Quantas oportunidades de graça e salvação Deus tem oferecido a você a cada dia.
Em que momento na história do dilúvio podemos perceber o juízo e a graça divina em ação?
O anúncio do juízo divino descrito em Gênesis 6:5-7. Não por iniciativa de Deus, mas como uma resposta à “maldade do homem”.
Logo no verso 8 é apresentada a graça de Deus a Noé, sua família e a todos os que a aceitassem!
Os 120 anos dispensados em construir a arca, foram anos de oportunidade de graça e salvação oferecidos àquela geração.
Quarta-feira: Condenação e graça
Embora em João 3:16 encontremos uma mensagem de graça, é preciso compreender, pelo contexto imediato que não se trata de “graça barata”. Se não crermos e obedecermos no salvador, a condenação jaz às portas!
No capítulo 3 de João, como graça e juízo para condenação estão ligados?
Em João 3:16 e 17 lemos uma mensagem de graça à toda a humanidade, aos que aceitarem a Cristo!
Na sequência, verso 18, percebemos um esclarecimento com ampliação do exposto nos versos anteriores. Juízo para os que não crêem nEle e absolvição aos que nEle crerem!
Primeiro, todos estão condenados (ver também, Romanos 3:23); depois, todos estão justificados (Romanos 3:24). Com isso, mais uma vez nesta semana se comprova que juízo e graça estão interligados. Se não houvesse a possibilidade do juízo (condenação), não haveria a necessidade de graça.
Quinta-feira: A hora do Seu juízo
Em Mateus 10:26 nos é dito que para Deus “Não há nada escondido que não venha a ser revelado”. Esta afirmação te deixa tranquilo ou preocupado?
Se Deus olhasse somente para as nossas falhas, defeitos e pecados, todos estaríamos perdidos!
Assim como em Gênesis 3, que vimos nesta semana, também em Apocalipse 14:6 e 7, a Palavra de Deus começa proclamando o evangelho da salvação para depois falar de juízo e condenação.
Felizmente para nós nossa mensagem tem o “evangelho eterno como fundamento”! Desta forma podemos ficar tranquilos, confiados na graça e misericórdia de Deus (veja Romanos 8:1).
Conclusão
1. Desde o Éden, onde surgiu o pecado, a graça e misericórdias do Senhor passaram a ser franqueadas a todos os pecadores que queiram. Note a relação entre esta mensagem e a do último capítulo da Bíblia, Apocalipse 22:17.
2. Embora tenhamos visto nesta semana “o Deus da graça e do juízo”, Ele está muito mais interessado em nos dar sua graça e salvação do que juízo e condenação! (veja I Pedro 3:9).
3. “Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta seu arrependimento e fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: ‘Conheço-os pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas mãos’" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 484).
Pr. Dinei Moreira Carriel
Pastor em Guarapuava Norte (ACP)